Um belo dia, meu amigo
Orácio sente seu estômago borbulhar.
É o “chicote”, como ele mesmo diz.
Dois meses de namoro. Apaixonado. Assistia televisão
com a namorada e a sogra na casa delas. Imediatamente, pensou: “Ou
cago agora ou a
flatulência vai bater forte”. Olhou pro lado e
avistou o lavabo. Não podia ser ali. Muito próximo à saleta.
O cheiro o denunciaria. Pensou rapidamente e disse que buscaria
um copo d’água. Foi direto para o banheiro
da empregada. Sentou-se no vaso e evacuou. Ao dar descarga, a surpresa:
estava quebrada. Desesperou-se. Sem saída, chamou a namorada. Ela viu o desastre e, para o desespero ainda maior,
caiu na gargalhada e chamou a mãe para ver a presepada.
Meu amigo Orácio certamente não leu o guia sobre “
Como cagar na casa da sua namorada sem deixar rastros”. Se tivesse feito isso, teria passado menos problemas na casa da nova amada. Os passos precisam
ser seguidos com rigor para evitar desastres como o de Orácio.
1 – Não cague – Ok. O guia
parte do pressuposto que você
vai cagar na casa dela. Mas, antes de cagar,
avalie a possibilidade de não fazê-lo. Quando sentir a pontada, raciocine. “
Posso segurar? É desesperador?” Nessa hora, é fundamental saber se essa segurada não se transformará em uma fábrica de flatulências. Se isso ocorrer,
opte por cagar.
2 – Não cague em banheiro muito freqüentado – Se você tem de cagar, escolha
aquele lavabo que fica na sala onde ninguém visita. Ou vá ao banheiro da empregada (isso, claro, se a empregada
não estiver presente). Ou vá
à suíte do
quarto de hóspedes. Algo do tipo. Evite a todo custo o
banheiro do corredor ou aquele ao lado da sala de televisão. É caixão. Você vai lá, todo feliz, despeja seus detritos no vaso, lava as mãos e, quando sai,
vê sua sogra indo direto no banheiro para lavar a mão antes do almoço! Ou o sogro! Ninguém merece.
3 – O trono – Examine a privada da casa da sua namorada.
Antes de cagar, dê descarga para ver se ela está funcionando. Nunca, em hipótese alguma, inicie os trabalhos sem dar descarga e
testar a potência dela. Caso contrário, se a privada estiver entupida, você terá três caminhos a seguir,
todos desgraçadamente ruins:
1) Deixar a
bosta boiando ali e correr o risco do
seu sogro entrar em seguida e, para todo o e sempre, considerá-lo um sujeito decrepto por deixar o
mandela a boiar;
2) Tentar dar descarga,
a água transbordar e você ficar ali, vendo a água da privada
inundar o banheiro com resquícios de suas fezes. Um
caos completo, com direito a deixar a mãe dela limpando aquela bosta toda;
3) Ser obrigado a pegar um saco plástico,
enfiar a bosta dentro e sair – com o saco plástico pingando água da privada no chão – até conseguir chegar ao banheiro mais próximo.
Em resume: teste a porra da privada!
4 – O fedor – Tenha cuidado com
o mau cheiro. Alguns machos são mestres em cagadas
fedorentíssimas. Use a inteligência. Ao despejar a merda no vaso,
dê descarga imediatamente. O raciocínio é simples:
quanto mais ela ficar boiando por ali,
mais cheiro ruim vai exalar. O ideal seria cagar com a
descarga funcionando, mas
molha a bunda. Quando estiver no trono,
olhe em volta. Abra os armários e as g

avetas. Se achar um perfume,
dê umas borrifadas no vaso e no banheiro antes de sair do recinto. É uma boa forma de matar as moléculas de merda que estão voando pelo ar. Se tiver “
Bom Ar”, não exagere. Você não vai querer sair do banheiro cheirando bom ar. Ah, e sempre, sempre, sempre
feche a porta.